Classificação das orquídeas quanto ao crescimento

Primary hybrid


As orquídeas possuem diversas peculiaridades, e para saber cuidar bem da sua orquídea, entender qual o melhor substrato, quando adubar e quando regar, é importante saber da onde ela veio e como ela se comporta na natureza, saber do: habitat natural de crescimento, que nada mais é do que o ambiente onde elas vivem, ou melhor, o lugar de origem. Isto é o que determina se as plantas são epífitas, rupícolas, terrestres ou saprófitas.

Epífitas

O grupo das epífitas é composto pela grande maioria das orquídeas, elas são caracterizadas por viverem agarradas a troncos e

Orquídea epífita

Orquídea epífita. Foto: Bishnu Sarangi

galhos de árvores. Este tipo de planta utiliza das árvores como apoio e se beneficiam da baixa luminosidade, alta umidade e dos nutrientes disponíveis nos troncos e galhos. Ao contrário do que muita gente pensa, este tipo de orquídea não prejudica de forma alguma as árvores, elas são capazes de fazer fotossíntese, ou seja, seu próprio alimento. Como exemplos, temos as Cattleyas e Vandas.

Rupícolas

As rupícolas normalmente vivem sobre as rochas, é muito comum vê-las a pleno sol, fixadas sobre restos de vegetais decompostos e acumulados em fendas de pedras. Exemplo: Epidendrum e Laelias

Orquídea rupícola

Orquídea rupícola. Foto: Mogan Zumerle

Terrestres

Orquídea terrestre

Orquídea terrestre.

As orquídeas terrestres vivem como as plantas comuns, na terra mesmo. Mas é uma porcentagem muito pequena em relação as epífitas. Os gêneros mais conhecidos e cultivados são: Bletia, Phaius e Cymbidium. Apesar de serem terrestres elas podem ser cultivadas em outros tipos de substratos, desde que este substrato consiga reter umidade sem deixar as raízes da orquídea encharcadas.

 

Saprófitas

As saprófitas são orquídeas muito raras, elas se alimentam de restos vegetais e de animais em decomposição, não possuem clorofila e não fazem fotossíntese. A espécie representante deste grupo é nativa da Austrália, a Rhizanthella gardneri.

Orquídea Rhizanthella gardneri

Rhizanthella gardneri                              Imagem: Mark Brundett

Formas de crescimento

Outra forma de classificar as orquídeas é quanto ao tipo e forma de crescimento, elas apresentam maneiras muito diversas de crescimento, podendo variar de acordo o ambiente em que se encontram. As orquídeas podem apresentar crescimento contínuo ou sazonal, simpodial ou monopodial, ascendente ou pendente e aéreo ou subterrâneo.

Crescimento contínuo ou sazonal

O crescimento contínuo é aquele em que as plantas estão em constante crescimento, ele é mais evidente e comum em áreas tropicais, porém, também existem espécies de crescimento sazonal nestas áreas.

O crescimento sazonal é aquele em que as plantas crescem em certos períodos do ano, este é mais comum em regiões sujeitas a seca ou ao frio intenso. As orquídeas param o crescimento em períodos adversos entrando em dormência e retomam em períodos favoráveis.

Simpodiais

As simpodiais são as orquídeas mais comuns, são aquelas que possuem crescimento lateral, como as Cattleyas e Laelias. O caule é composto por parte aérea, sem eixo principal, formado por gemas laterais. Além disso, elas podem possuir estruturas de reserva, como pseudobulbos.

Orquídea simpodial.

Monopodiais

Orquídeas monopodiais são aquelas que possuem crescimento apical ilimitado, crescendo continuadamente. Possuem caule único e aéreo, ereto ou pendente, crescem verticalmente a partir de uma haste central, produzem folhas alternadas e inflorescência entre as mesmas. Este tipo de orquídea não apresenta estruturas de reserva (pseudobulbos), como algumas simpodiais, por este motivo necessitam de ambiente mais úmido, a sua única forma de armazenamento de nutrientes se dá pelas folhas e raízes que estão sempre brotando. Como exemplo de orquídeas monopodiais temos as Vandas e Phalaenopsis.

Vandas

Orquídeas monopodiais.                                                                                                                                                                                      Foto: Black Diamond

A família das orquídeas é muito grande, já foram catalogadas mais 2.300 espécies, por este motivo há tantas variações e denominações. Uma única espécie pode ser classificada como epífita, monopodial, de crescimento contínuo, ascendente e aérea, como a Phalaenopsis.  E todas estas classificações nos ajudam a entender melhor esta família de plantas, que nos encanta com suas belas flores.

Referências

Faria, R. T; Assis, M. A., Carvalho, Carvalho, F. R. P.C., Cultivo de orquídeas. Londrina: Mecenas, 2010.

Soriano, L. Morfologia e Genética. In Castro, P. R. C., Angelini, B. G., Mendes, A. C. C. M., Dechen, A. R., Garcia, E. M. Orquídeas. Piracicaba: ESALQ, 2017. p. 33-45.

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