As orquídeas são plantas que se destacam no mercado pela sua beleza, exuberância e exotismo. Devido ao seu grande interesse comercial,o uso de técnicas de micropropagação no cultivo de orquídeas é utilizado há muitos anos.
A micropropagação é uma técnica que possibilita a multiplicação rápida e garante a qualidade genética das mudas. Ela é majoritariamente desenvolvida em laboratórios num ambiente asséptico, como foi explicado no post: Micropropagação de Plantas.
As formas de cultivo in vitro são diversas, desde o cultivo caseiro até os mais tecnificados em laboratório. A maior dificuldade, principalmente dos cultivos caseiros, é a contaminação por fungos e bactérias no meio nutritivo, uma vez que a presença do açúcar no meio aumenta a possibilidade de contaminação.
Uma das principais necessidades da utilização da micropropagação no cultivo de orquídeas é a semeadura das sementes, isso porque as sementes de orquídeas são muito pequenas e desprovidas de reservas, necessitando de um ambiente específico para germinação. Em laboratório é possível simular um ambiente perfeito para esta germinação. A popularização desta técnica possibilitou aumento na diversidade de orquídeas no mercado, já que muitos amantes de orquídeas passaram a fazer os próprios cruzamentos de plantas e após a obtenção das sementes enviam para germinar em laboratórios capacitados.
Além da germinação, outra forma de cultivo é o uso de brotos laterais para multiplicação, o que é muito interessante para alguns tipos de híbridos de orquídeas que não são possíveis obterem sementes.
A micropropagação tem um importante papel na preservação de espécies de orquídeas, já que a técnica viabiliza a produção em escala de mudas comerciais. Este comércio reduz o extrativismo excessivo das mudas na natureza, que acarreta grandes prejuízos para fauna e flora, podendo levar a extinção de espécies.
